A seguir texto de Roberto Motta publicado no Twitter em 12/04/2022.
Falando de França: Uma mentira repetida mil vezes vira verdade. Qualquer ideia, por mais absurda e equivocada que seja, quando apresentada como a única versão oficial, e repetida incessantemente na mídia, na cultura e nas escolas, acaba penetrando na consciência de uma nação.
E pode conduzi-la ao desastre. Veja a França. Depois da Primeira Guerra Mundial, as escolas francesas desempenharam um papel-chave na supressão de fatos desagradáveis sobre o conflito, tudo em nome do “pacifismo”.
Os livros de história foram reescritos para eliminar qualquer “inspiração bélica”, em um esforço liderado pelo principal sindicato de professores. Foi o “desarmamento moral”.
Não se podia mais falar sobre as batalhas, sobre o heroísmo dos combatentes ou sobre os sacrifícios feitos para proteger a nação francesa. O resultado foi uma geração inteira educada para esquecer o patriotismo e considerar os combatentes de ambos os lados como “vítimas”.
O resultado foi que a França, que na Primeira Guerra Mundial lutara bravamente durante quatro anos, na Segunda Guerra se rendeu aos alemães após apenas seis semanas de luta.
Pierre Laval, o segundo homem no comando do exército francês, disse ao líder sindical André Delmas: “Você é parcialmente responsável pela derrota da França”.
Nunca menospreze o poder das ideias. Hoje, as democracias ocidentais são dominadas pelo politicamente correto.
Somos todos reféns de uma agenda ideológica que nos joga uns contra os outros, glamouriza a ignorância e a pobreza, promove a indolência e a dependência do Estado, e oficializa em lei a tolerância com o crime e a corrupção.
Quando vierem te falar sobre o Estatuto do desarmamento, quando vierem te dizer que o traficante é um pobre coitado e, ao mesmo tempo, que pessoas devem ser presas apenas por suas opiniões, lembre-se da França. Nunca, nunca menospreze o poder das ideias.
Fonte: Mona L. Siegel, The Moral Disarmament of France: Education, Pacifism, and Patriotism, 1914-1940, p. 217.